segunda-feira, 7 de julho de 2008

Política de cotas para negros

A política de cotas para negros já está implementada em algumas faculdades públicas do Brasil, e estão em andamento projetos para ampliar as faculdades contempladas por essa política. Estou no grupo que considera isso não só errado, como anti-constitucional, racista e extremamente humilhante para os negros. É como dizer que os negros são "café com leite". Se eu fosse negro faria o possível para que isso fosse acabado.
Além de ilegal a medida é ineficiente. O que tem acontecido é que quem entrou por cota fica para trás. Se formar numa faculdade pública é quase tão difícil ou ás vezes mais difícil do que entrar nela. Quem entra menos preparado raras vezes consegue concluir o curso. Soma-se a isso o fato do governo não oferecer nenhum auxílio financeiro, o que complica mais ainda a vida da maioria pobre que entra por cotas e não consegue arcar com os altos custos de alimentação, transporte, livros, xerox, etc.
E como diferenciar negros de brancos? Já foi divulgado na mídia o caso de irmãos gêmeos idênticos em que um foi aceito como negro, o outro não.
O argumento de que a política de cotas é um paliativo também não convence. Diz-se que enquanto o ensino de base não melhora, esse é o melhor jeito se incluir os negros nas universidades públicas. O problema é que esse "enquanto" tende a infinito, visto que o ensino nas escolas de ensino fundamental e médio só vem piorando. Isso é só mais uma desculpa para tirar o foco sobre o ensino de baixíssima qualidade das crianças e jovens brasileiros.
Aproveitando o embalo, deixo aqui a minha sugestão para a melhoria do ensino público pré-universidade. Sugiro que alunos das faculdades públicas dos primeiros períodos que não estejam fazendo estágio devam reservar algumas poucas horas da semana em aulas de apoio para jovens de escolas públicas. Não vai doer a ninguém, e os estudantes beneficiados terão uma melhora significativa na qualidade de sua educação.

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